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Natura Algarve

A captura do atum

17.11.2008 // Natura Algarve

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O atum Thunnus thynnus, também conhecido na nossa costa por “rabilo” é a espécie de atum que atinge maiores dimensões. Pode alcançar 3 m de comprimento e chegar a pesar 700 Kg, sendo que o seu peso e tamanho médio de 250Kg e 2m. Existem pelo menos duas sub-espécies conhecidas: uma no Pacifico e outra no Atlântico.

É uma espécie que forma grandes cardumes, frequentemente em associação com outras espécies de atuns (Bonito, Albacora, Galha-a-ré, Patudo, entre outros).

Alimentam-se de peixes, lulas e crustáceos pelágicos. São também muito reconhecidos pelas longas migrações que efectuam, nadando a velocidades que podem atingir 60-80 km/h. Daí o facto da sua carne ser tão irrigada, e como tal tão vermelha.

É um dos peixes com maior importância económica a nível mundial. É capturado por diversos tipos de artes como redes derivantes, palangres de superfície ou armadilhas fixas como as usadas pela frota Chinesa no Pacifico e no Mediterrâneo.

Deste esforço de pesca surgem imensos problemas em termos de gestão de recursos. Apesar de haver uma gestão de pesca associada à espécie (cotas, legislação de malhagem, numero de licenças, esforço de pesca), o Thunnus thynnus é uma das espécies mais ameaçadas do mundo. Isto advém não só do facto de ser capturado num dos seus principais locais de desova (Mediterrâneo), mas também pela falta de incumprimento das regras estabelecidas. A ICCAT (International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas) é uma das entidades que mantém esforços para que a espécie recupere valores de abundância outrora existentes.

No Algarve, até à década de 70, esta espécie era também capturada nas nossas águas com um complexo sistema de armações. As antigas armações, também denominadas Almadravas, consistiam num sistema de redes que conduziam e cercavam o atum, o qual depois era recolhido para bordo de uma embarcação.

Esta arte for entretanto abandonada, ficando para trás os antigos arraias em terra e muitas historias para contar, das chamadas “touradas de mar”.

Para saber mais acerca desta e outras artes de pesca, o poder económico que envolvia a região, junta-se a nós num passeio de barco pela Ria Formosa e conheça a “História da Pesca”.

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